segunda-feira, 28 de maio de 2012

Broken Crown

      


      Convivo com basicamente todo tipo de pessoa, mas antes de abrir meus olhos, e ainda mais comprometedor, minha boca, irei falar de mim. Um tipo normal dentro do anormal; sou formada de teimosia, e se me permite, leitor, que crie uma palavra, cabeça-durecência. Não poderia deixar de falar da minha raiva, que se apossa de mim diversas vezes. Cabelos compridos escuros e pele de doce-de-leite; essa sou eu, a música. 
      Agora podemos falar de outros tipos de pessoas, já me apresentei. Sou muito próxima do livro, que é muito sincero, mas oculto. Não é como eu, que falo até para os que não querem me ouvir. O livro espera para ser decifrado, não gosta de muitos contatos com quem não o conhece. Ama um café... até porque são extremamente combinantes. 
      A caveira é irreverente. Fala muito, mas é bom ouvi-la falar. Gosta de chocar, e se conhecê-la bem, verás que é muito querida, só é arisca; deixa quem quiser se aproximar, mas não garante que não fugirá.. 
      Agora, falaremos do camaleão. Essa figura é engraçada, pois pode ser de tudo! Engraçado, sério, emotivo, seco, áspero e suave. Depende de quem o fala e do momento. Extremamente maleável, por isso exige cuidados redobrados. 
      A estrela brilha. Um brilho natural. De início você pode até não gostar de seu jeito. Muito vistoso, seu brilho pode causar dúvidas sobre sua veracidade, mas depois percebe-se que sim, ela brilha simplesmente por ser ela. Um brilho simples.
      Ficaremos um pouco mais tristes agora pois temos algumas pessoas que se denominam pedras. Elas auxiliam os papéis a não voarem, mas só. Não interferem em nada, só estão ali, existindo. Talvez nem diria existindo... sendo, somente. Afinal só os que PENSAM, existem. 
      E o último tipo - que encontramos algumas vezes na vida e aprendemos a lidar - é a coroa. Essa possui um brilho falso, deve sempre ser polida, caso contrário mostra seu lado verdadeiro, o fosco. Gosta de aparecer, estar no topo - não é atoa que fica na cabeça de alguns - e, de preferência, estar acima de outras pessoas. É perigosa e acredita ser símbolo de poder, mas depende de outros para aparecer. É quase um parasita. Mas sua necessidade é somente essa, aparecer, ser mais vista... sempre com aquele brilho estalado de algo que foi porcamente polido. 
      A música tem pena e sente pela coroa. 

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